A TRADUSOUND tem a honra e alegria de contar que foi a responsável por disponibilizar a audiodescrição de obras de arte na inauguração da exposição“Inteligência Artificial” no dia 4 de agosto de 2018 no Salão Expositivo do Paço Municipal de Santo André (SP).
Pela primeira vez na história da região do ABC Paulista, uma exposição de arte contou com o recurso da audiodescrição em algumas de suas obras. Graças à parceria firmada entre a Tradusound e a artista plástica Sueli de Moraes, curadora e organizadora da exposição Cuibá 153 – Portões que Falam, foi possível levar esse recurso de acessibilidade pela primeira vez na história de uma das regiões mais ricas, tanto economicamente quanto culturalmente, do Estado de São Paulo.
A audiodescrição foi um sucesso, atraindo a atenção de diversas pessoas, tanto com deficiência visual quanto sem, bem como pessoas interessadas ou curiosas em conhecer o recurso.
Além da boa vontade e do apoio dos organizadores do evento, da organização do fluxo de informações, feita pela agitadora cultural e tradutora Damiana Rosa de Oliveira, bem como dos artistas Alexandre Barasino, Zeca del Bueno, Sueli de Moraes e dos professores e alunos das escolas EMEF Prof. Vicente Bastos e Colégio Stagio, que gentilmente liberaram imagens de suas obras para serem estudadas e descritas, para que a audiodescrição pudesse chegar até a exposição, foram necessários o trabalho e a dedicação de diversos profissionais comprometidos com o projeto.
Sob a coordenação da Prof. Ana Julia Perrotti-Garcia, a tarefa envolveu mais de duas dezenas de profissionais para se concretizar. Em primeiro lugar, tivemos um time de cinco roteiristas, que criaram os roteiros com a descrição das obras (Ligia Ribeiro, Fernanda Brahemcha, Júlia Rodrigues, Leticia Kamada e Kelly Alcantara). Após a revisão, os roteiros foram para as mãos do consultor Edgar Jacques, que além da experiência e treinamento em consultoria de audiodescrição, ainda tem conhecimentos de arte, por ser escritor, dramaturgo e ator. Depois de finalizados os roteiros, as descrições passaram para a equipe de locução, que foi realizada por Rafael Nimoi e Amanda Ribeiro.
De posse das audiodescrições gravadas, contamos com uma equipe de oito monitoras (Thais Galter, Elis Lessa, Larissa Rodrigues, Vera Jordan, Julia Fuente, Karina Vielmas, Mikaelle Yasmin e Mayra Barasino), que foram treinadas e se prepararam para o acolhimento às pessoas com deficiência visual que fossem à exposição e para disponibilizar a AD para os presentes, tanto fazendo descrições ao vivo, acompanhadas de toque nas obras (audiodescrição tátil), quanto apresentando a descrição já previamente gravada. Como podemos ver nas fotos, foram momentos de grande alegria e realização para todos os envolvidos, sejam visitantes, artistas ou profissionais responsáveis por levar a acessibilidade.
Que venham muitos outros eventos com acessibilidade! Afinal, audiodescrição é um direito da pessoa com deficiência visual, e também pode beneficiar idosos, crianças, pessoas com dislexia, estrangeiros e o público em geral!
E quais são os próximos passos? Como a exposição Cuiabá 153 e Portões que Falam é uma iniciativa conjunta com a França, entre outros países, a tradutora, atriz e locutora Andréia Manfrin já fez a tradução das audiodescrições para o francês, que foram revisadas e elogiadas pelo Prof Dr Jean-Claude Mirroir, da Universidade de Brasília (UnB). Agora, esses materiais serão gravados e disponibilizados a um número ainda maior de pessoas.
E em breve teremos também versões da descrição em Inglês e Espanhol, aguardem!